sexta-feira, 23 de abril de 2010

"la nuit tous les chats sont gris"


Escrever: encher de letras uma folha em branco. Tarefa difícil essa. Um exercício desafiador e arriscado. Um jogo, um esquema cheio de prazer, um duelo com você mesmo. É alcançado plenamente quando se está só, à duas mãos, usando seus próprios meios. Como la nuit tous les chats sont gris, ou seja, a noite todos os gatos são pardos, prefiro escrever na boca da madrugada e não ter medo de jogar todas a cartas, de errar no Português, de sofrer com o bloqueio criativo e me odiar por isso. Não tenho uma relação indissociável e obscura com o ato de escrever como Clarice Lispector, nem a livre pouca importância que Luis Fernando Veríssimo dá à pratica. Mas tenho afetuosos encontros com as palavras e espero tê-los sempre e para sempre durante toda a jornada desse blog. PAPEL E LÁPIS eu já tenho.